Minha Família na Presença de
Deus
Texto Base: Salomão levou a
filha do faraó da cidade de Davi para o palácio que ele havia construído para
ela, pois dissera: "Minha mulher não deve morar no palácio de Davi, rei de
Israel, pois os lugares onde entrou a arca do Senhor são sagrados". 2 Crônicas 8:11
Salomão
havia se unido à filha de faraó em um casamento político. Ela não era
israelita, e tampouco tinha os costumes do povo de Deus. O próprio Deus já
havia admoestado o povo quanto à casamentos mistos, sabendo a influência que um
cônjuge tem sobre o outro.
Salomão
estava ciente de que sua esposa não era digna de estar em lugares considerados
sagrados por não reconhecer a santidade de Deus. É importante lembrar que naquele
momento, a presença de Deus não se manifestava como hoje. A arca de Deus
representava sua presença; para estar diante de Deus era necessário que
houvesse sacerdotes; a expiação pelo pecado ou até mesmo a gratidão a Deus
exigiam sacrifícios. Jesus veio para simplificar as coisas. Falar com Deus hoje
depende apenas de clamarmos a Jesus (com fé, claro). Não precisamos de algo que
represente a presença de Deus pois o Espírito Santo (que é o próprio Deus)
habita em nós. Até então, porém, havia todo um procedimento para que Deus se
manifestasse; ter a presença de Deus era algo valiosíssimo. Por isso, a
importância quanto ao local por onde a arca passara – era onde o próprio Deus
havia passado. Logo, Salomão leva sua esposa para um palácio construído somente
para ela. Mas a atitude de Salomão foi correta?
Salomão
era rei. Ocupava uma posição especial. Diante de todos, mantinha a postura de
rei. Somente os que conviveram com Salomão na intimidade realmente sabiam como
ele era. Ao levar sua mulher para outro palácio, feito somente para ela,
Salomão a afasta da presença de Deus, e também da sua. Ele poderia ter
aproveitado a convivência com sua mulher para testemunhar de toda a sabedoria
que Deus lhe concedeu. Mas ele a afastou. Como ela iria conhecer a Deus assim? Diferentemente
do que Salomão fez, é indispensável que coloquemos nossas famílias na presença
do Senhor, no lugar sagrado. Salomão teve uma grande chance de ensinar à
egípcia tudo o que Deus lhe ensinara, de compartilhar com ela tudo o que Deus
lhe mostrara. Ele preferiu, contudo, a afastamento.
O afastamento
na família pode causar danos irreparáveis. Adultério geralmente começa com
afastamento físico e emocional; suicídio também começa com afastamento. Uma mãe
que convive sempre com seu filho, faz parte do dia a dia dele, conhece seus
amigos, seu jeito, seus gostos, vai perceber quando algo estiver diferente. Vai
perceber a frustração, ou a depressão que antecedem tendências suicidas; vai
perceber se alguma violência tiver ocorrido. O problema é que muitos estão
fazendo como Salomão: afastando suas famílias de si mesmos e de Deus.
O afastamento
não é apenas físico. Duas pessoas no mesmo ambiente, cada uma com seu celular
na mão dando atenção aos aparelhos e não uma a outra estão afastadas. Elas podem
estar sentadas lado a lado. Mas estão afastadas. Essa é nossa realidade hoje! Salomão
tirou sua mulher de onde a arca estivera por entender que era um lugar sagrado –
hoje entendemos que é no lugar sagrado onde nossa família precisa estar!
Precisamos
estar perto dos nossos familiares. Eles serão impactados e alcançados pelo
nosso testemunho. E não é o testemunho falado, mas o vivido: o comportamento
diante das mais diversas situações da vida; o amor sem medidas, o perdão, a
compaixão: Cristo em nós!
Precisamos colocar nossa família onde Deus está, no lugar santo! É ali onde Deus irá curá-la, operar milagres, se manifestar. Não precisamos mais de uma arca, O Espírito Santo – o próprio Deus – habita em nós. Não precisamos mais de sacerdotes ou sacrifícios – Jesus já fez tudo o que era necessário. Se quisermos o bem para nosso lar, se quisermos o melhor para nossa família, precisamos colocá-la pertinho do Pai, no lugar santo, aos pés de Jesus, na presença de Deus.
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